Gonçalves Dias foi um
poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro. Seus poemas são
muito conhecidos, principalmente a “Canção do Exílio”.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Curiosidades
A mãe de Gonçalves
Dias era filha de negro e índio e o pai era português, portanto Gonçalves era
descendente de negro, índio e português. Ele escreveu o mais famoso poema dele
,‘’canção do exílio’’, quando estava na Europa e descrevia a saudades do país,
do Brasil. As sua obras tinham um caráter indianista e nacionalista, pois os
índios
eram
muito retratados, assim como as paisagens naturais e ele retratava os brancos
como exploradores e maus. Foi Gonçalves Dias que introduziu o Romantismo no
Brasil, juntamente com Gonçalves de Magalhães.
Seus poemas
As poesias dele são
ritmadas, ou seja, o ritmo é muito importante, influenciando na escrita. Os
escritos românticos dele eram destinados à Ana Amélia, moça com quem tentou se
casar, mas não conseguiu devido ao preconceito:
Seus Olhos
[...]
Eu amo seus olhos tão
negros, tão puros,
De vivo fulgor;
Seus olhos que
exprimem tão doce harmonia
quem fala de
amores com tanta poesia
Com tanto pudor
[...]
I-Juca-Pirama
[...]
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi;
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante
Que agora anda
errante
Por fardo
inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte
Guerreiros, ouvi
[...]
O grande amor
Gonçalves Dias era
apaixonado por Ana Amélia até o ponto de escrever uma carta para a mãe de Ana
Amélia para pedir a filha em casamento.
Gonçalves Dias sofre
novamente racismo, a mãe de Ana Amélia escreve uma carta para ele dizendo que a
filha não vai se casar com um mulato.
Olímpia e Antônio
Após ter sido "dispensado" pela sua amada Ana Amélia, Gonçalves casa-se com uma moça chamada Olímpia.Acabou conseguindo um emprego e passava a maior parte do tempo viajando. O casamento não estava dando certo e após 4 anos juntos, se separaram.
A história de Joana
"Era meu pai, o homem que morreu no naufrágio do navio que o trazia de volta para o Brasil. Era dele o corpo que ficou para sempre no fundo do mar.
Mas eu morri antes. Bem antes. [...] Quando morri, não tinha nem dois anos de idade. Mas, depois que morri, é como se tivesse vivido muito e entendesse tudo. Ou quase tudo. Quase. O mais importante não sei. Não sei por que nasci, por que meu pai casou com a minha mãe. Todo mundo dizia que ele não gostava dela. Isso eu não sei. Sei que de mim ele gostava, e até escreveu versos muito tristes sobre a minha morte."
Mas eu morri antes. Bem antes. [...] Quando morri, não tinha nem dois anos de idade. Mas, depois que morri, é como se tivesse vivido muito e entendesse tudo. Ou quase tudo. Quase. O mais importante não sei. Não sei por que nasci, por que meu pai casou com a minha mãe. Todo mundo dizia que ele não gostava dela. Isso eu não sei. Sei que de mim ele gostava, e até escreveu versos muito tristes sobre a minha morte."
A grande tragédia
No dia 3 de novembro de 1864 morre em um naufrágio do
navio Ville de Boulogne com destino ao Brasil. A embarcação, na qual ele
estava, se chocou com um banco de areia,
impossível de ser visto durante a noite. Toda a tripulação conseguiu escapar do
desastre a nado, mas o poeta dormia em seu camarote no porão do navio e não
acordou para perceber a tragédia da qual seria o único morto.
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